Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, não poupa o estado do futebol português. Em Ponta Delgada, nos Açores, antes de seguir viagem para os Estados Unidos da América, o líder leonino desferiu forte ofensiva, tendo como mote as eleições para a Liga, que decorrem no próximo dia 11.
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"Temos de pensar no que realmente é importante para o futebol português. Na gíria popular, porque sabemos que o futebol português está bipolarizado, isto funciona como o ânus onde temos duas nádegas que se enfrentam uma à outra dizendo "estou aqui e sou melhor do que tu"", disparou o líder leonino.
"Entre algo fisiológico como o ânus, ou sai vento mal cheiroso ou trampa. E é isto que o futebol português está cheio por dentro e por fora: trampa", prosseguiu.
Com as eleições à porta na Liga, Bruno de Carvalho define o seu modelo ideal de liderança: "O candidato que vamos observar tem de ter rigor e transparência, mas também um autoclismo muito grande para limpar um futebol que está conspurcado", atirou, sem papas na língua.
"Quem tiver o autoclismo maior será aquele que o Sporting apoiará. O novo Sporting ainda não tem um autoclismo suficiente para fazer esse trabalho. Não vamos longe com este conjunto de cata-aventos a que o futebol está entregue", disse, a propósito.
Na sua opinião, "alguns sentaram-se e, sem fazer a mínima ideia de quem são os candidatos, definiram apoios. O sistema democrático é as pessoas apresentarem-se e não por antecipação criarem-se condicionalismos de apoio".
"Vamos vivendo com essa manipulação e com esses cata-ventos, incendiários do nosso futebol e que depois aparecem quais bombeiros que apagam o fogo. Há manipulação no futebol português", denunciou Bruno de Carvalho, garantindo manter-se na frente de combate ao famoso "sistema"...