Sindicatos da TAP pediram suspensão da privatização até à conclusão de negociações
A plataforma de sindicatos da TAP propôs ao Governo a suspensão do processo de reprivatização até à conclusão de 12 processos negociais, que elencaram no memorando entregue, na segunda-feira, ao Governo como condição para cancelar a greve.
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"Suspensão do processo de reprivatização e da greve, convocada para os dias 27 a 30 de dezembro do corrente ano, até à conclusão dos processos negociais previstos nos números seguintes" é o primeiro ponto do memorando a que a Lusa teve acesso.
Na segunda-feira, após mais de sete horas reunidos, a plataforma de sindicatos, que convocou a greve, comunicou que "apresentou ao Governo um memorando visando a suspensão do processo de reprivatização e da greve convocada para os dias 27 a 30 de dezembro do corrente ano".
O pedido de suspensão do processo de privatização, decidido em novembro, é temporário até estarem concluídas negociações com vista à salvaguarda dos direitos dos trabalhadores, como a reposição de todos os acordos de empresa em vigor nesta data, definição de mecanismos de proteção do perímetro empresarial do grupo TAP e instituição de mecanismos de proteção das antiguidades.
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) abandonou a plataforma sindical da TAP por discordar do documento que foi entregue ao Governo e que "abre a porta" à privatização da transportadora, segundo uma nota interna da estrutura sindical a que a Lusa teve acesso.
Na nota, o SNPVAC comunica aos seus associados a saída da plataforma, após "muitas horas de reunião", por considerar que o documento enviado ao Governo "abre a porta a uma privatização" que o sindicato não defende.
Os 12 sindicatos, que representam os trabalhadores da TAP convocaram uma greve de quatro dias, entre 27 e 30 de dezembro, na sequência da recusa do Governo de suspender a privatização da companhia aérea.