A Presidência egípcia rejeitou o ultimato divulgado pelo exército e afirmou continuar o seu plano de reconciliação nacional. O ministro dos Negócios Estrangeiros apresentou a demissão perante a crise política que o país vive, elevando para seis as saídas do executivo nas últimas horas.
Corpo do artigo
O exército tinha lançado um ultimato ao presidente Mohamed Morsi de intervenção no país caso não fossem atendidas em 48 horas as pretensões do povo, que reclama nas ruas a saída do chefe de Estado.
Em comunicado, a Presidência salienta que a declaração do exército não foi autorizada, que poderia causar confusão e que existia um plano com um caminho para a reconciliação do país.
O comunicado recusa também "qualquer declaração que vinque a divisão" e que "ameace a paz social" no país.
Seis ministros demitem-se
O ministro egípcio dos Negócios Estrangeiros, Mohamed Kamel Amr, apresentou a demissão perante a crise política que o país vive, revelou a agência oficial Mena.
Com a renúncia de Mohamed Kamel Amr, são seis os ministros do governo egípcio liderado por Hisham Qandil, que abandonam o poder nas últimas horas.
Os titulares das pastas do Turismo, Telecomunicações, Assuntos Jurídicos e Parlamentares, Ambiente e Rcursos Hídricos entregaram, esta terça-feira, uma carta a Hisham Qandil com a sua decisão irrevogável em que apelam à "queda do regime" e defendem que o presidente Morsi "não respondeu aos apelos do povo".
Outra demissão de relevo, na segunda-feira, foi a do antigo chefe de Estado Maior Sami Anan, que foi número "dois" da Junta Militar que governo o país após a queda de Mubarak e que se demitiu de conselheiro presidencial.