Pedro Passos Coelho e Paulo Portas vão, este sábado, anunciar uma coligação para as eleições legislativas de 2015.
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O JN soube junto de fonte próxima que o PSD e o CDS-PP, que juntos formam a coligação que governa Portugal em maioria, vão fazer o anúncio conjunto às 20 horas, num hotel em Lisboa, precisamente no dia em que se comemoram os 41 anos do 25 de Abril e os 40 anos das eleições para a Assembleia Constituinte.
O anúncio da coligação era esperado há algum tempo, visto que desde o início do mês vinham sendo noticiadas conversações entre os principais responsáveis dos dois partidos, nunca confirmadas.
No início da semana passada, a 14 de abril numa reunião do Conselho Nacional do PSD, onde eram esperadas revelações sobre este assunto, Passos Coelho disse que "não era ainda este o tempo" de discutir alianças com o CDS-PP, numa altura em que ainda estava a ser discutido o Programa de Estabilidade, que o Governo aprovou entretanto em Conselho de Ministros para apresentar em Bruxelas.
Nesse encontro, Passos terá mesmo feito uma declaração que indiciava que o PSD poderia ir a votos sozinho. "Se conseguirmos governar sozinhos, ainda melhor", terá dito aos conselheiros, o que foi interpretado como uma forma de tentar calibrar as negociações com o CDS-PP. As sondagens têm dito que é mais vantajoso para o CDS-PP ir coligado a eleições com o PSD do que sozinho, o que deverá ser usado como trunfo, por parte do PSD, na negociação dos lugares nas listas.
Em fevereiro, numa entrevista que deu ao Expresso, o primeiro-ministro Passos Coelho tinha admitido que "o mais natural" seria os dois partidos irem coligados às eleições deste ano. No final de março, no fim de uma visita ao Japão, enalteceu o "facto histórico" de, pela primeira vez, um governo de coligação estar a terminar um mandato de quatro anos. "Isso só pode ter um significado muito positivo na nossa cultura política e para o futuro do país", disse então.