Milhares de pessoas desfilaram na avenida da Liberdade, entre o Marquês de Pombal e o Rossio, em Lisboa, para assinalar os 41 anos do 25 Abril.
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Além das habituais bandeiras de Portugal, as faixas e os cravos vermelhos, símbolo da revolução, este ano há também muitos guarda-chuvas, devido ao céu cinzento a ameaçar chuva a qualquer momento.
No arranque do Marquês de Pombal, cerca das 15.30 horas, cantou-se o "Grândola Vila morena", junto ao chaimite que segue na frente do desfile.
Entre a multidão, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou, quando descia a avenida da Liberdade, que os valores de Abril continuam atuais.
"Abril está a cumprir, a política de direita é que não. Nestes 41 anos de avanços, de conquistas, de recuos e de derrotas, o que a vida demonstra, tendo em conta a situação do país e a situação de milhões de portugueses empobrecidos, explorados e desempregados, é que é preciso trazer para a ordem do dia os valores de Abril", afirmou Jerónimo de Sousa.
Também Catarina Martins, porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), participou no desfile e afirmou que quem celebra o 25 de Abril "protesta também pela destruição feita às conquistas" de 1974, considerando que Portugal está a comemorar a "capacidade para fazer tudo outra vez".