Despedido da BBC depois da agressão a um produtor, Jeremy Clarkson revelou este domingo que vivia os momentos mais stressantes da sua vida nos dias que antecederam o murro durante as gravações de Top Gear.
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Na coluna que assina ao domingo no "Sunday Times", Jeremy Clarkson, um dos mais conhecidos apresentadores de televisão do mundo, revela que, dois dias antes da agressão que levou à sua suspensão e posterior despedimento, o médico lhe disse que poderia ter um cancro.
O inglês revela que tudo não passou de um falso alarme, mas agora que conseguiu acalmar quis contar a sua versão da história. Ainda na ressaca da morte da mãe e de um divórcio, Clarkson revela que no dia em que agrediu o produtor Oisin Tymon deveria estar a fazer análises ao seu cancro, mas que não o fez porque o "Top Gear estava acima de tudo".
"Sentia-me doente porque perdi a minha casa e a minha mãe. Atirei -me com mais vigor ainda para o trabalho e agora, de forma idiota, consegui perder isso tudo", confessou Clarkson, depois de revelar que acordava todos os dias preocupado com os textos do programa e se deitava a pensar se tinha tomado as melhores decisões durante o dia.
"Estava para lá se stressado, tudo corria mal e vocês sabem... aqui estamos. Mas todos têm dias stressantes e conseguem gerir isso", escreveu o ex-apresentador de um dos programas mais lucrativos e vistos em todo o mundo da BBC.
Jeremy Clarkson era coapresentador do programa automóvel Top Gear e foi despedido, no mês passado, depois de ter agredido um produtor do programa, no final de um dia de gravações, quando percebeu que não ia poder comer uma refeição quente ao jantar. Oisin Timon teve de receber tratamento hospitalar.
Sempre polémico, era considerado um desbocado arrogante e capaz de ofender tudo e todos com as piadas que fazia durante o programa. Esteve envolvidos em polémicas com políticos, outros países, classes profissionais e até com grupos de proprietários de automóveis. A agressão foi a gota de água para a BBC, onde trabalhava há 27 anos.