A atriz Sónia Martins, que integrou o Teatro de Animação de Setúbal (TAS), morreu este domingo no Hospital de S. Bernardo, nesta cidade, onde se encontrava internada, disse à agência Lusa um amigo da atriz.
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Sem precisar mais pormenores, a mesma fonte lamentou a morte de Sónia Martins, aos 53 anos, considerando-a a "atriz mais completa do elenco do verdadeiro TAS" e sublinhando a "fidelidade que sempre teve com a companhia da qual nunca quis sair".
Nascida na freguesia da Sagrada Família, em Luanda, em 17 de outubro de 1971, Sónia Martins, veio residir para Setúbal em 1974, com três anos, indicou.
Em 1989, Sónia Martins entrou para o TAS como estagiária a convite do ator e encenador Carlos César, fundador da companhia, em 1976, e seu diretor artístico até à morte, em 2001.
A atriz permaneceu na companhia até 2020, tendo depois trabalhado para a autarquia de Setúbal, no Convento de Jesus, referiu a mesma fonte, acrescentando que Sónia Martins deixou de ser funcionária municipal ainda durante o último mandato da antiga presidente da Câmara Maria das Dores Meira, eleita pelo PCP.
Sónia Martins estreou-se no TAS na peça "Os pássaros de asas cortadas", de Luis Francisco Rebello, numa encenação de Carlos César, e ao longo dos anos que foi profissional na companhia entrou em "mais de 50 espetáculos", indicou.
"Era de uma versatilidade enorme, tanto fazia de criada, como de grande senhora, desempenhava qualquer papel com o maior profissionalismo e brilhantismo, quer em teatro de autor, peças para crianças ou outro repertório", concluiu a mesma fonte.