O CDS anunciou, esta manhã, que vai viabilizar o Orçamento de Estado para 2013. Paulo Portas mantém o silêncio, mas anuncia, em comunciado, que não vai criar uma crise política, aquando da votação do documento, a 31 de outubro.
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"O CDS votará o Orçamento de Estado considerando que Portugal não pode ter uma crise política que agravaria, ainda mais, a situação económica e social extremamente sensível que o nosso País atravessa", pode ler-se no comunicado que o partido centrista fez chegar à Agência de notícias Reuters.
A declaração, assinada pelo líder do CDS, Paulo Portas, foi tornada pública três dias depois de divulgado o documento final do Orçamento de Estado, ao qual alguns deputados centristas manifestaram imediatas reservas, através das redes sociais.
"O CDS valoriza a estabilidade num momento especialmente critico para Portugal, dado que nos encontramos sujeitos a um Programa de Assistência Económica e Financeira da comunidade internacional", lê-se, ainda no documento.
Paulo Portas, que é ministro dos Negócios Estrangeiros na coligação governamental, cancelou a visita que tinha prevista para ontem, quarta-feira, a Bucareste, na Roménia, onde estaria ao lado de Passos Coelho na reunião do Partido Popular Europeu.
"O CDS deve estar à altura das circunstâncias", pode ler-se no final do documento, de quatro pontos.
"O CDS tem o peso que os portugueses lhe deram. Sendo a terceira força política e acreditando nas instituições o CDS sublinha que, sobretudo numa situação de emergência nacional, todos têm um contributo a dar para assegurar a estabilidade política, o consenso nacional e a coesão social em Portugal", finaliza o texto, assinado por Paulo Portas.