A operação de evacuação do Hospital dos Marmeleiros, no Monte, concelho do Funchal, devido aos incêndios que lavram no concelho, para o quartel do Exército, foi concluída pelas 05.15 horas, anunciou o secretário dos Assuntos Sociais da Madeira.
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"A maior parte ficou alojada nas instalações que o Exército fez o favor de disponibilizar, cerca de 150 doentes", explicou aos jornalistas Francisco Jardim Ramos, no Regimento de Guarnição n.º 3, do Exército, no Funchal.
Francisco Jardim Ramos adiantou que 49 doentes, "os mais problemáticos", foram transferidos para o Hospital dr. Nélio Mendonça, assegurando que todos "estão a ser acompanhados por médicos e enfermeiros" e que o seu regresso deverá ocorrer ao longo da manhã deste sábado.
"A operação decorreu dentro da normalidade possível numa situação destas, mas sobretudo primando pela segurança dos utentes", explicou o governante.
O responsável adiantou ainda que outras 17 pessoas, desalojadas de casas particulares, foram instaladas em residenciais na cidade do Funchal pelos serviços da Segurança Social.
Segundo o secretário regional dos Assuntos Sociais, "foi a primeira vez que aconteceu" a evacuação do hospital: "O hospital tem um plano de segurança que foi ativado e tudo decorreu dentro da normalidade".
"Todos os doentes foram transportados por meios próprios do SESARAM [Serviço Regional de Saúde], da Cruz Vermelha, em ambulâncias e em carros de transporte de doentes não urgentes", informou.
O governante adiantou que 17 utentes do lar de Santa Isabel foram transferidos para o lar da Bela Vista, mas "estão em segurança sem nenhum problema".
Antes, o responsável declarou à agência Lusa que os doentes estavam a ser retirados, "não que haja um risco de fogo, mas, sobretudo, pela grande concentração de fumos e para a sua segurança".
O incêndio começou às 02.30 horas de sexta-feira, na freguesia do Monte, e destruiu alguns anexos e palheiros, além de mato e área florestal, tendo-se agravado ao início da tarde desse dia, passando para as zonas altas da freguesia de São Roque e também para Santo António, onde surgiram novos focos.
A situação levou a Câmara a ativar o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil às 18 horas de sexta-feira.
Este sábado, o vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal do Funchal, Amílcar Gonçalves, disse haver "relatos de moradias ardidas", sem precisar, salientando não haver conhecimento de vítimas.
Cerca de 130 homens, de várias corporações da ilha da Madeira, estão envolvidos no combate às chamas.