Desporto

Froholdt deixa "água na boca" numa apresentação conseguida

Dinamarquês fez o golo em cima do intervalo Foto: Miguel Pereira

Dinamarquês fez o golo em cima do intervalo e empolgou os adeptos a cada toque de bola. Dragões superaram o teste mais exigente e deixaram o relvado com boas sensações. Venha o campeonato.

Há um F. C. Porto diferente para melhor no Dragão, mas para que as promessas se tornem certezas há que continuar a ganhar jogos para recuperar crédito e confiança. Ontem, contra o Atlético Madrid, a bitola era mais exigente do que a da semana passada contra o Twente, mas os jogadores de Farioli cumpriram. O onze e a estrutura estão encontrados, resta agora olear tudo como deve ser para crescer e reconquistar. Froholdt é mais um menino, de "barba rija", que caiu nas graças de um Dragão que viu um bom jogo.

Os duelos com o Atlético Madrid deixam sempre antever muito trabalho, capacidade de resistência e algum sofrimento para "furar" uma defesa que é muito mais do que isso. Mas o F. C. Porto soube adaptar-se, mostrar personalidade, capacidade para pressionar na frente e recuperar bolas alto, sem grandes desequilíbrios, no jogo de estreia de Bednarek, que trouxe segurança e organização lá atrás. Com Martim Fernandes na esquerda e Alberto Costa à direita, Farioli quase repetiu a equipa que defrontou o Twente, mas percebeu-se o crescimento físico e as melhorias nas dinâmicas.

Depois há Froholdt, que promete tornar-se um verdadeiro caso sério. Cada vez que tocou na bola criou problemas, arrastou a equipa para a frente e empolgou os adeptos, com uma capacidade única para galgar terreno e aguentar o contacto, sem perder a bola. Minutos depois de Ruggeri acertar na trave de Diogo Costa, o dinamarquês combinou com Pepê, entrou pela direita, nas costas dos "colchoneros", e disparou para o golo de um ângulo apertado. Os adeptos fizeram a festa e Froholdt vestiu o fato de herói, que lhe caiu que nem uma luva.

A primeira parte deixou boas indicações de Borja Sainz, que obrigou Oblak a defesa apertada (12 m) e quase emendava para o golo (35). Gabri Veiga deu boa conta da sua zona de ação, revelando-se importante na pressão, e Samu teve duelos muito duros com os centrais adversários. Pepê está outro jogador e as ligações entre Varela e os centrais mais fluidas.

Na segunda parte, o Atlético entrou com outra equipa e Farioli foi rodando os jogadores. Rodrigo Mora entrou bem a tempo de arrancar aplausos num lance (77) em que apagou vários defesas da frente antes de rematar ao lado, já depois de Samu (55) ter falhado de cabeça.

António Manuel Soares