Lisboa

Funerais das vítimas do Elevador da Glória decorrem enquanto se aguardam conclusões

O funeral do guarda-freio André Marques decorreu em Sarnadas de São Simão, em Oleiros Direitos reservados/ Facebook

Os funerais das vítimas portuguesas na tragédia do Funicular da Glória começaram este sábado nas localidades que as viram nascer. O funeral do guarda-freio André Marques decorreu em Sarnadas de São Simão, em Oleiros, de onde era natural, durante a tarde.

Também as cerimónias fúnebres das trabalhadoras da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa Ana Paula Lopes e Alda Matias decorreram este sábado, em Proença-a-Nova e no Sabugal.

Os funerais dos outros dois trabalhadores dos serviços centrais da SCML, Pedro Trindade e Sandra Coelho, serão realizados em breve.

Cabe ao Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários (GPIAAF) a publicação prévia de uma nota informativa sobre o incidente, na qual são apuradas, de forma preliminar, as causas, mas sem as chamadas recomendações, tornadas públicas mais tarde. A GPIAAF adiou a divulgação do documento, inicialmente prevista para sexta-feira à tarde, devido aos extensos danos no funicular.

A Proteção Civil Municipal de Lisboa fez saber, este sábado, que o edifício em que o elétrico embateu com bastante violência possui "totais condições de segurança" e que não ficou danificado pelo embate. Prevê-se que, este domingo, a estrada seja reaberta ao comércio.

O presidente da Carris, Pedro Bogas, que também é vice-presidente da autarquia lisboeta, prestou esclarecimentos sobre o caso, assumindo que não houve falhas pela empresa de manutenção, que disse realizar todas as inspeções ao ascensor. Sabe-se também que Pedro Bogas apresentou a sua demissão na noite da tragédia, mas Carlos Moedas não aceitou, preferindo esperar pelas conclusões da investigação.

Rogério Matos