O ativista político norte-americano Charlie Kirk, de 31 anos, acérrimo apoiante de Donald Trump, morreu baleado, esta quarta-feira, durante um evento no estado do Utah, nos EUA.
Charlie Kirk, figura de destaque no movimento conservador norte-americano, promotor de teorias da conspiração e de supremacia branca, com posições regressistas face a temas como o aborto, imigração e direitos da comunidade LGBTQIA+, foi baleado durante um evento na Universidade de Utah Valley, naquele estado norte-americano. O óbito foi anunciado por Donald Trump na sua rede social: "O grande e lendário Charlie Kirk morreu."
O autor do disparo fatal ainda não foi detido, estando a investigação a cargo do FBI e do Departamento de Segurança Pública do Utah.
O ativista, que financiava campanhas de candidatos nacionalistas e conservadores através da organização Turning Point USA, que fundou, é conhecido pela participação em eventos universitários e debates oratórios em que discute com membros da plateia com opiniões divergentes das suas.
Respondia a questão sobre ataques com armas quando foi atingido
De acordo com a CNN, quando foi atingido por um disparo, o ativista de extrema-direita, uma das vozes mais relevantes da juventude pró-Trump, estava num evento no campus da Universidade de Utah Valley para o qual tinha sido convidado. Segundos antes de ter sido atingido, respondia a uma pergunta acerca de ataques armados cometidos por pessoas transgénero.
Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver Charlie Kirk - defensor do porte de armas de fogo - a ser baleado no pescoço, enquanto falava sentado debaixo de uma tenda perante o público que o ouvia.
O presidente norte-americano, Donald Trump, já reagiu ao incidente, elogiando Kirk como "um grande tipo, de cima a baixo".
Disse que "mortes valem a pena" para defender porte de armas
Charlie Kirk era um conhecido defensor do livre porte de armas, que provocam milhares de vítimas todos os anos nos Estados Unidos. Em abril de 2023, defendeu que algumas mortes provocadas por tiroteios eram um mal menor para garantir a Segunda Emenda da Constituição dos EUA, que protege o direito da população de garantia a legítima defesa, por porte de armas ou de qualquer outro equipamento. "Acho que vale a pena ter um custo de, infelizmente, algumas mortes por armas de fogo todos os anos para que possamos ter a Segunda Emenda para proteger os nossos outros direitos concedidos por Deus. É um acordo prudente. É racional", disse, na altura.