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Libertados cinco dos seis ativistas da flotilha que continuavam presos em Israel

Os navios da Global Sumud Flotilla foram intercetados entre quarta-feira e sexta-feira da semana passada Foto: Mohamed Messara / EPA

Cinco dos seis ativistas da Global Sumud Flotilla, detidos na semana passada, foram libertados na sexta-feira, informou a organização Movimento por Gaza, que exigiu a libertação da espanhola Reyes Rigo, única integrante da missão que permanece presa.

Através do seu canal de Telegram, o Movimento por Gaza explicou que os cinco participantes foram libertados juntamente com quase uma centena de integrantes da Flotilha da Liberdade-Thousand Madleens, que chegaram na tarde deste sábado a Istambul, Turquia, após serem deportados pelas autoridades israelitas.

Entretanto, Rigo continua presa, acusada de morder uma funcionária da prisão de Ketziot, embora, segundo informou à agência de notícias EFE a sua colega de missão Lucía Muñoz, tenha chegado a acordo com a procuradoria israelita para ser deportada para Espanha.

Em troca da autorização para sair de Israel, a ativista terá de pagar uma multa de 2600 euros, detalhou Muñoz, vereadora do partido Podemos, de esquerda, na câmara municipal de Palma, nas Ilhas Baleares.

O Movimento por Gaza exigiu, além disso, a libertação de 46 membros da Flotilha da Liberdade-Thousand Madleens que ainda permanecem presos, bem como dos "11 mil palestinianos encarcerados sob a ocupação israelita".

Os integrantes das duas iniciativas navais foram presos pelas autoridades israelitas depois de os barcos em que navegavam pelo Mediterrâneo rumo a Gaza, para quebrar o bloqueio, terem sido intercetados.

Os navios da Global Sumud Flotilla, com cerca de 500 tripulantes a bordo, foram intercetados entre quarta-feira e sexta-feira da semana passada pela Marinha israelita em águas internacionais, numa zona onde Israel mantém patrulhas navais, embora sem jurisdição legal.

Uma semana depois, Israel intercetou os nove barcos - um navio e oito veleiros - que compunham a Flotilla da Liberdade-Thousand Madleens e prendeu cerca de 145 ativistas que se encontravam a bordo.

A Flotilha Global Sumud iniciou a sua viagem, durante a qual fez várias escalas, no início de setembro, em Barcelona (Espanha), enquanto a segunda missão partiu das costas italianas no final do mesmo mês.

JN/Agências