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Navio de guerra dos EUA chegou a Trinidad e Tobago, perto da Venezuela

Navio de guerra USS Gravely é visto à distância na costa de Port of Spain, a 26 de outubro de 2025, enquanto pescadores pescam na capital de Trinidad Foto: Martin Bernetti / AFP

Um navio de guerra norte-americano lançador de mísseis chegou este a Trinidad e Tobago, um arquipélago em frente à Venezuela, enquanto os Estados Unidos aumentam a pressão sobre o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, segundo jornalistas da agência France-Presse (AFP).

De acordo com a AFP, o navio era visível na manhã de hoje ao largo de Port of Spain, a capital deste pequeno arquipélago que fica a cerca de dez quilómetros da Venezuela. A chegada do USS Gravely e de uma unidade de fuzileiros navais, para exercícios com o Exército trinitário, foi anunciada na quinta-feira pelo Governo deste pequeno país de 1,4 milhões de habitantes.

Esta visita ocorre no momento em que Washington enviou sete navios de guerra para as Caraíbas e um para o Golfo do México, oficialmente no âmbito de uma operação contra o narcotráfico, visando particularmente a Venezuela e o seu presidente Nicolás Maduro. O presidente dos EUA, Donald Trump, também anunciou a chegada de um porta-aviões.

Desde o início de setembro, os Estados Unidos realizam ataques aéreos em águas caribenhas contra embarcações apresentadas como pertencentes a narcotraficantes. Até agora, foram reivindicados dez ataques, nos quais morreram pelo menos 43 pessoas, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números do Governo norte-americano.

Maduro, que refuta as acusações de tráfico de drogas, acusou na sexta-feira os Estados Unidos de "inventarem uma guerra eterna" e acusou Washington de querer derrubá-lo para se apoderarem das reservas de petróleo venezuelano.

A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, é uma fervorosa apoiante de Donald Trump e, desde que assumiu o poder, em maio de 2025, adotou um discurso crítico ao Governo do país vizinho, bem como contra a imigração e a criminalidade venezuelana em seu país.

JN/Agências