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Marcelo diz que 25 de Abril foi "data primeira", Montenegro refere "registo histórico" do 25 de Novembro

Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro assistiram a parada militar, na Praça do Comércio Foto: Tiago Petinga / Lusa

O presidente da República destacou, esta terça-feira, o 25 de Abril como a "data primeira", "sem a qual não teria havido Novembro de 1975", mas salientou que, sem o 25 de Novembro, não teria havido a Constituição de 1976.

Num breve discurso, de pouco mais de dois minutos, na parada militar na Praça do Comércio, em Lisboa, organizada para assinalar os 50 anos do 25 de Novembro de 1975, Marcelo Rebelo de Sousa evocou António Ramalho Eanes, momentos depois de ter sido lida uma mensagem do antigo presidente da República nesta cerimónia.

Marcelo Rebelo de Sousa salientou que Ramalho Eanes foi um "Capitão de Abril de 1974, Abril sem o qual não teria havido Novembro de 1975", e o "chefe militar de Novembro de 1975, Novembro sem o qual não teria havido a Constituição de 1976".

Continuando a assinalar o percurso de Ramalho Eanes, Marcelo Rebelo de Sousa disse que o ex-presidente foi o "Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de 1976, sem o qual não teria havido a transição da legitimidade revolucionária para a legitimidade democrática, representativa e eleitoral".

O presidente da República disse que, na pessoa de Ramalho Eanes, evoca "os valores da liberdade, da democracia e do Estado de Direito, e as virtudes militares da camaradagem, da disciplina, do espírito de sacrifício, da lealdade, do sentido de missão e do patriotismo que fizeram e fazem a nobreza de Portugal".

Importância da evocação

Já o primeiro-ministro, Luís Montenegro, considerou, esta terça-feira, importante evocar-se o 25 de Novembro de 1975 para o país ter um "registo histórico", perceber de onde vem e o que quer construir no futuro.

"É importante para o país ter esta evocação e ter este registo histórico e ir legá-lo a todas as gerações, para percebermos de onde é que vimos e o que é que queremos construir no futuro", afirmou Luís Montenegro numas curtas declarações aos jornalistas no final da parada militar que se realizou na Praça do Comércio, em Lisboa, para assinalar os 50 anos do 25 de Novembro de 1975.

Montenegro assistiu a esta parada militar acompanhado por vários membros do Governo, entre os quais os ministros da Defesa, das Finanças, da Administração Interna, da Saúde e da Agricultura e Pescas.

JN/Agências