A rubrica "Partida, Largada, Fugida".
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Esta semana assinalaram-se os 50 anos do 25 de Novembro, um dia subitamente tão importante para uma certa Direita que só falta ser feriado e enfeitarmos todos um militar com fitas e guizos.
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As cerimónias na AR ficaram marcadas por mete cravo vermelho, tira cravo vermelho, arranca rosa branca, põe rosa branca.... Parecia mais que estavam a ser patrocinados pela Decoflorália.
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Paulo Núncio, por exemplo, quando chegou ao púlpito meteu uma rosa branca por cima do cravo vermelho. Foi criticado, mas eu percebo. Vermelho é uma cor que espicaça os touros, ainda levava com outro bezerro em cima.
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Já André Ventura propôs que se mudem nomes de ruas: de "Otelo Saraiva de Carvalho" para "Ramalho Eanes ou Jaime Neves". Faz sentido este interesse por toponímia, já que ele quer mudar o nome de Portugal para Beco Sem Saída.
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Marques Mendes tentou explicar o 25 de Novembro a um grupo de alunos: o 25 de Abril é ganhar o campeonato, mas o 25 de Novembro é ganhar a Taça de Portugal. Talvez isso explique, de repente, o debate político estar cheio de hooligans.
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Uma sondagem revelou que 58,4% dos inquiridos acham que a ministra da Saúde se devia demitir. Ana Paula Martins ainda não deu nenhuma indicação de que o fará, mas depois de tantos bebés a nascerem em bombas de gasolina, parece-me ter cargo garantido na Galp.
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A ministra da Saúde admitiu que o SNS vai ser sujeito a "uma pressão muito grande" por causa de uma nova estirpe da gripe neste inverno. Portanto, arranjar pulseira nas urgências vai ser mais difícil do que arranjar bilhetes para a Taylor Swift.
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O ministro Adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, afirmou que Portugal tem condições para liderar em Inteligência Artificial. Duvido, já que isto mesmo em Inteligência Humana anda escasso.