Com preço limite e a obrigar, várias vezes, a dar um presente a quem se conhece mal ou não se conhece de todo, o amigo secreto traz, frequentemente, insatisfação. Nasce agora um novo modelo que pretende introduzir a brincadeira: o "white elephant". Saiba o que é e como se joga
Nos últimos anos, quantos presentes que recebeu no amigo secreto guardou? Provavelmente, pouquíssimos ou mesmo nenhuns. O jogo popular entre colegas de trabalho e até amigos, com um preço limite definido, geralmente baixo, traz prendas que oscilam, frequentemente, entre o bizarro e o inconveniente.
Para contrariar esta tendência, está a nascer um novo modelo de troca de presentes no Natal que pretende ser mais brincalhão e, inesperadamente, competitivo. O "white elephant", elefante branco em tradução literal, junta o presente anónimo com preço limite definido, mas com uma componente de tentativa de "furto", pugnando pelo que mais quer dentro da oferta disponível.
Os presentes são reunidos, é sorteada a ordem de abertura para os participantes. O primeiro abre a prenda e coloca na pilha e a pessoa seguinte pode optar por uma embalagem ainda embrulhada ou outra já aberta. Cada um só pode "furtar" o presente que quer até três vezes e o primeiro jogador - que não teve hipótese de escolha inicial -, tem a última palavra e pode trocar.
Quem defende este jogo White Elephant - e não o amigo secreto- argumenta que esta modalidade economizaria dinheiro, tempo, esforço e desperdício. Segundo dados de um estudo levado a cabo por uma empresa de lixo britânica, a Hippo, e citado pelo jornal The Independent, revelou que cerca de 20% dos inquiridos admitiu que colocava os presentes recebidos no amigo secreto tinham como destino o lixo.
A mesma análise indicou que quase metade dos entrevistados (42%) não se sentem próximos de colegas a quem têm de dar um presente e há mesmo uma clara maioria que gostava de ver terminada a tradição do amigo secreto: mais de sete em cada dez inquiridos (72%) com mais de 55 anos.