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A época balnear que termina deverá ter sido a que, de forma continuada, mais problemas de poluição alguma vez registou em Vila Praia de Âncora.
Desde Maio que as águas da zona balnear estão contaminadas, culminando com a interdição total no dia 1, decretada pela autoridade de saúde, após acesa polémica sobre a definição de praia fluvial e marítima.
A delegação de Saúde, baseara a sua posição depois de ter recebido os resultados das análises recolhidas a escassos metros, a jusante, da ponte pedonal do rio Âncora, confirmando a existência de salmonelas, tal como sucedera a 25 de Julho. Colheitas posteriores (a 29 de Agosto realizadas no mesmo local e na confluência do rio Âncora com o mar) e no dia 5 (junto à ponte), reconfirmaram as salmonelas.
Novas recolhas serão feitas só em princípios de Maio de 2007, dado que a época balnear terminou, incidindo, então, sobre esta "praia de risco" e muito frequentada, recordando que já no Verão de 2000, a praia foi interditada a banhos, desmentindo que tenha sido a primeira vez que tal sucedeu agora. Câmara, Junta de Freguesia e o PSD vêm assacando a principal responsabilidade da presença de coliformes nas águas à ETAR da Gelfa, que "continua a causar problemas", como assinalou a concelhia deste partido.
Contudo, a Minho e Lima, empresa gestora da estação de tratamento dos esgotos, descarta responsabilidades. Afirma mesmo que ela "opera dentro das normas aplicáveis", pelo que, adianta, "a noticiada presença de salmonelas nessa linha de água nada tem a ver com o funcionamento da ETAR", assegurando que "a monitorização demonstra a ausência desse microrganismo na água residual descarregada" pela estação.
