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Cinco agricultores foram assassinados e 20 ficaram feridos, três dos quais em estado grave, durante um ataque, anteontem, a um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem-Terra (MST), no estado brasileiro de Minas Gerais.
De acordo com a Polícia Militar, cerca de 15 pessoas entraram no acampamento e dispararam contra os sem-terra e atearam fogo às barracas em que estes viviam. Ontem, a Polícia já tinha detido três suspeitos do ataque, todos com antecedentes criminais.
Segundo o secretário brasileiro dos Direitos do Homem, Nilmário Miranda, os autores do massacre não permanecerão impunes e prometeu uma "punição exemplar".
O ataque ocorreu no acampamento Terra Prometida, situado no município de Felisburgo, a cerca de 700 quilómetros de Belo Horizonte, uma zona ocupada por centenas de famílias do MST.
De acordo com a Comissão Pastoral da Terra e o MST, a responsabilidade do ataque é atribuída a Adriano Chafico, que pretende ser o proprietário da exploração que está em vias de ser atribuída definitivamente aos sem-terra e que é pertença do Estado.