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As vendas de futebolistas para o estrangeiro desde 1 de Junho de 2004 confirmam o que o passado desportivo recente havia revelado. O Braga é, nesta altura, o quarto grande do futebol português.
A eleição de António Salvador para presidente, no final de Fevereiro de 2003, foi de grande importância para o ressurgimento do emblema minhoto. Nessa recta final de temporada, o dirigente só teve tempo de arrumar a casa e de contratar o treinador Jesualdo Ferreira. A partir daí, deu-se a revolução desportiva (quinto e quarto lugares nas duas últimas edições do campeonato), complementada com uma gestão inteligente e eficaz. "O presidente é o grande vencedor desse período de sucesso do Braga, pois consegue conciliar as vendas de futebolistas à prestação desportiva", analisa Hélder Varandas.
O presidente da "JB Solutions, SA" destaca, ainda, os resultados conseguidos pelo Penafiel. As vendas dos passes de Nuno Morais para os ingleses do Chelsea e de Wesley para os espanhóis do Alavés não beliscaram a conquista da permanência, o objectivo dos durienses na temporada transacta. "António Oliveira mexe-se muito bem no mundo do futebol", sublinha.
Boavista, Rio Ave e Nacional foram os outros clubes que conseguiram nos últimos 15 meses exportar futebolistas. No entanto, os 167,85 milhões de euros arrecadados pelos três grandes com as exportações também acabaram por se fazer sentir nos cofres dos outros emblemas portugueses. Com dinheiro em caixa, F. C. Porto, Benfica e Sporting recorreram ao mercado interno para assegurar algumas contratações.