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A Câmara de Torres Vedras admite que o concelho fica prejudicado com a decisão do Governo de alterar o traçado da auto-estrada A 18 (Torres Vedras/Carregado), mas aceita a alteração por estarem em causa as acessibilidades à Ota.
O presidente da Câmara de Torres Vedras, Carlos Miguel (PS), que há anos reclama pelo traçado inicial desta via - que se iniciaria perto da cidade - afirmou agora que "aceita" a decisão do Governo "por estarem em causa interesses nacionais que se prendem com as acessibilidades ao futuro aeroporto da Ota".
A secretaria de Estado das Obras Públicas comunicou recentemente à autarquia que está em estudo a alteração do traçado da A18 (antigo IC11).
Segundo a alteração em estudo, em vez se de iniciar no nó do Sarge (Torres Vedras), a A18 deverá iniciar-se mais a Sul, já no concelho do Sobral de Monte Agraço, no nó de Pêro Negro.
"É uma alteração que prejudica o concelho de Torres Vedras, porque deixa de desbravar uma região interior do concelho onde poderiam abrir-se novas oportunidades", declarou o autarca à agência Lusa.
Contudo, "o facto de o antigo IC11 vir a arrancar no nó de Pêro Negro é uma forma de constituir uma melhor acessibilidade ao aeroporto para os concelhos de elevada população como Sintra e Cascais", disse.
"Apesar de saber que o concelho de Torres Vedras fica prejudicado, percebo a solução do Governo", referiu o autarca socialista.
"O que tenho feito crer à secretaria de Estado das Obras Públicas é que há problemas que Torres Vedras tem e que só poderão ser resolvidos com a ajuda do Governo, como a requalificação dos acessos ao interior, nomeadamente da Estrada Nacional 9, entre Torres Vedras e Alenquer", concluiu.