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O comunista Carlos de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, anunciou, esta manhã, em conferência de imprensa, que renuncia ao cargo na sequência de uma decisão partidária.
Na sua declaração de renúncia, Carlos de Sousa disse que o PCP "entendeu que era necessário renovar o colectivo de eleitos" e que esta renovação passava também pela sua saída.
"Como ao longo da minha vida tenho-me norteado por princípios, e para ser coerente com o que sempre defendi, de imediato coloquei o meu lugar à disposição do Partido Comunista Português", disse.
Depois de ter lido a declaração de renúncia, Carlos de Sousa confessou aos jornalistas que foi "apanhado de surpresa" pela decisão do PCP sobre a sua saída, admitindo, no entanto, que poderá estar relacionada com "um conjunto de situações" que não especificou.
Carlos de Sousa negou ainda a existência de conflitos com os restantes membros da vereação eleitos pela CDU e remeteu mais explicações para a Comissão Concelhia do PCP, que de madrugada confirmou a sua substituição pela vice-presidente e actual vereadora Maria das Dores Meira.
O ex-presidente da Câmara de Setúbal acrescentou que ao longo dos últimos 26 anos deu "o máximo" de si como autarca à população de Almada, de Palmela e agora neste últimos quatro anos e 10 meses à de Setúbal.
Aludiu ainda aos oito anos em que esteve na presidência da Associação de Municípios do distrito de Setúbal.
Carlos de Sousa referiu que estava consciente das "dificuldades e desafios" que teria de enfrentar em Setúbal quando aceitou candidatar-se à presidência e que neste desafio colocou toda a sua "energia, vitalidade e dinamismo" ao serviço da população local.