O presidente norte-americano recebe esta sexta-feira o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdelrahman al-Thani, para jantar, três dias depois do ataque israelita em Doha, anunciou a Casa Branca.
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O ataque sem precedentes visou responsáveis do movimento islamita palestiniano Hamas, reunidos num edifício residencial no centro de Doha, e causou seis mortos.
Israel atraiu a ira de muitos aliados com o ataque à capital do Catar, país mediador nas negociações entre o Hamas e Israel para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Donald Trump chegou a fazer uma rara reprimenda ao aliado de longa data, dizendo-se "muito descontente" com o ataque israelita.
O enviado especial dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, também participa no jantar com Trump e o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdelrahman al-Thani, no "resort" de golfe do presidente norte-americano, em Nova Jérsia.
Al-Thani tinha declarado no início da semana esperar que o homólogo israelita, Benjamin Netanyahu, fosse "levado à justiça", afirmando que o ataque tinha "matado toda a esperança" de libertação dos reféns ainda em cativeiro em Gaza.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, já se reuniu com o líder do Governo do Catar, ao fim da manhã de hoje.
No entanto, o chefe da diplomacia norte-americana desloca-se em breve a Israel para garantir o apoio dos Estados Unidos, antes do reconhecimento de um Estado palestiniano por parte de vários Estados, entre os quais Espanha e França, na Assembleia-Geral da ONU.
Insistirá igualmente junto dos dirigentes israelitas no "compromisso [norte-americano] de combater as medidas anti-israelitas, incluindo o reconhecimento unilateral de um Estado palestiniano, que recompensa o terrorismo do Hamas", disse o porta-voz do Departamento de Estado Tommy Pigott.