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A Polícia das Nações Unidas e forças australianas detiveram ontem 32 suspeitos de actividade delinquente, no mesmo dia em que um jovem morreu na sequência de ferimentos provocados por um dardo de metal.
O jovem de 17 anos foi atingido num olho quando seguia de motorizada junto à Embaixada da Austrália, no bairro de Fatuhada, no centro da capital, disse à Lusa fonte da UNPol.
O incidente ocorreu na sequência de "uma noite complicada" junto à embaixada, onde as autoridades registaram "vários disparos".
Os tiros partiram de um indivíduo que seguia de motorizada com outra pessoa que foi atingida por um dardo nas costas, na Avenida dos Direitos Humanos, a principal artéria da capital.
Segundo a fonte policial, o indivíduo "respondeu com três tiros de pistola, apontando a arma à cabeça do atacante, e só não o matou porque a arma encravou", embora tenha ferido sem gravidade no pescoço o homem que tinha lançado os dardos.
As pistolas Colt 45 "são apenas utilizadas pelos militares" das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), "porque quando as F-FDTL foram equipadas com espingardas M16, compraram também pistolas Colt.45 para a Polícia Militar".
Operação programada
Numa operação "que já estava prevista antes", as forças internacionais fizeram 32 detenções nos bairros de Bebonuk e Betó, junto ao aeroporto.
A operação, designada "Slingshot 2", envolveu efectivos da UnPol, incluindo elementos do Corpo de Operações Especiais do Subagrupamento Bravo da GNR, cerca de 200 soldados australianos e dois helicópteros das Forças de Estabilização Internacionais (ISF).
Os 32 indivíduos, "suspeitos de actividade delinquente", foram conduzidos ao Centro de Detenção de Díli, nuama acção em que "foram apreendidas algumas armas artesanais", entre catanas e dardos.
