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A União dos Editores Portugueses (UEP) congratulou-se ontem com o anúncio, feito pela ministra da Cultura no Dia Mundial do Livro, de que serão lançados dois estudos estatísticos sobre a publicação de livros e os hábitos de leitura praticados pelos portugueses.
Segundo declarações de Isabel Pires de Lima no passado domingo, a UEP será mesmo parceira num desses estudos, que será lançado pelo Ministério da Cultura, através do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB), em articulação também com o Instituto Nacional de Estatística (INE) e a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).
Um desses estudos prevê a publicação regular de dados sobre as tiragens e vendas, para que se conheçam os números do mercado do livro, pelo que a UEP se congratula por "ter visto, finamente, ser atendida uma das mais antigas reivindicações para o sector do livro e da edição no nosso país".
Para a direcção da União de Editores Portugueses, sem esses dados "não poderá haver um sector editorial verdadeiramente moderno e empresarialmente eficiente".
"As estatísticas são imprescindíveis para qualquer agente económico, em qualquer sector de actividade, sendo fundamentais para a definição de estratégias e para a elaboração de medidas estruturantes adequadas", salienta a UEP.
Considerando "incompreensível que um sector como o da edição, que movimenta cerca de 500 milhões de euros por ano, possa estar há mais de uma década sem estatísticas oficiais e sem que a tutela nada tenha tentado fazer para resolver esta questão", a UEP espera agora que os estudos tenham "um carácter de regularidade - no mínimo uma vez por ano -", além do "rigor, fiabilidade e exigência necessários à apresentação de estatísticas isentas e confiáveis sobre o sector".