Lisboa/Eleicoes: Roseta "animada" com sondagem e Monteiro contra "pseudo-assistencialismo"
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Lisboa, 30 Jun (Lusa) - A candidata independente Helena Roseta e o cabeça-de-lista da Nova Democracia às eleições intercalares da Câmara Municipal de Lisboa (CML) encontraram-se hoje em Chelas, com Roseta envolvida na "Festa dos Lóios" e Manuel Monteiro a criticar os "guetos" do "pseudo-assistencialismo".
Na creche da Associação "Tempo de Mudar" (ATM), no Bairro dos Lóios, o convívio estava a começar e prometia durar até à meia-noite, entre música e comes-e-bebes, além da exposição da Plataforma Artigo 65, uma rede de promoção do direito à habitação, na qual Helena Roseta participou.
"Como tenho esta ligação e estamos em plena campanha, resolveu-se promover um debate amanhã (domingo)", disse a cabeça-de-lista do movimento "Cidadãos Por Lisboa", apontando a degradação dos espaços públicos e o centro de saúde por inaugurar como problemas daquele bairro social.
Roseta mostrou-se então "animada" com a recente sondagem que aponta o socialista António Costa como vencedor sem maioria absoluta (33 por cento) e lhe dá 11,3 por cento e dois lugares no executivo da CML, segundo as intenções de voto dos lisboetas.
"É bastante estimulante ter dois dígitos numa candidatura de um movimento de cidadãos que começou há um mês. Mas essa sondagem é completamente ilegal. Foi publicada com uma ficha técnica de outra sondagem", afirmou, criticando ainda a análise de que seria a candidata em maior perda face ao mês anterior.
A ex-socialista argumentou que no anterior estudo, o ex-presidente da CML e agora candidato independente, Carmona Rodrigues, ainda não tinha confirmado a sua participação no acto eleitoral, uma situação que mudou e "afecta os votos independentes".
Após trocar impressões com Helena Roseta, o presidente do Partido Nova Democracia, Manuel Monteiro, defendeu uma política de habitação social para Lisboa que passe pela "avaliação rigorosa dos seus beneficiários".
"Não se pode continuar a dar a quem não precisa em nome de um pseudo-assistencialismo. Muitas pessoas até têm uma segunda habitação fora de Lisboa ou índices de riqueza superiores a outras que passam por situações de pobreza escondida", afirmou.
Para Monteiro, a filosofia da habitação social é "negativa porque conduz a guetos, algo que lhe lembra "regimes totalitários ou nazis" - "é como se dissesse, 'és pobre, vais para ali'".
HPG.
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