Madeira:BE protestou contra falta de voz da oposição na sessão solene do Dia do Funchal
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Funchal, 21 Ago (Lusa) - O Bloco de Esquerda protestou hoje publicamente pela "falta de voz" dos partidos da oposição nas cerimónias comemorativas dos 499 anos do Funchal e defendeu a realização de uma auditoria a todos os municípios da Região.
Os representantes do BE-Madeira na Assembleia Municipal da CMF estiveram hoje Largo do Município, alguns com panos pretos cobrindo as bocas, em protesto, antes da sessão solene do Dia da Cidade.
O dirigente bloquista, Fernando Letra, foi o porta-voz desta força partidária que criticou a postura da maioria do PSD no executivo camarário, que considerou semelhante à adoptada pelos deputados na Assembleia Regional.
"Este executivo tudo tenta fazer para calar todos os que têm opinião diferente, mesmo que tenham razão", acusou.
Adiantou que "infelizmente o grupo de deputados segue a reboque daquilo que dizem os chefes e não se preocupam minimamente em tomar conhecimento das propostas da oposição e votam consoante o que lhes mandam".
Criticou o facto de a oposição não ter direito a usar da palavra nesta sessão solene, acrescentando que o que se passa com a questão da auditoria feita à autarquia funchalense "traz à acção o que se passa na maioria das câmaras da Região", o que vem justificar a posição do BE de ter já exigido uma auditoria a todos os municípios da Madeira.
"Mais uma vez se demonstra que ao nível autárquico existe muito lodo que é preciso limpar urgentemente para deixarem de ser sempre os mesmo a encherem-se à custa dos cidadãos que pagam impostos", declarou Fernando Letra.
Repudiou ainda aqueles que "vêm agora armados em santos dizer que devem ser feitas auditorias todos os anos à Câmara do Funchal, uma vez que a maior parte dos problemas encontrados na auditoria foram acções votadas por unanimidade" pela vereação.
"É uma hipocrisia que é preciso desmascarar", sustentou.
Conclui fazendo votos que os 500 anos da cidade do Funchal, em 2008, sejam festejados "com melhores perspectivas de futuro e em liberdade total".
AMB.
Lusa/fim