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Um grupo de 35 bombeiros do Algarve apelou hoje em Bruxelas para que o Fundo de Solidariedade europeu de apoio a catástrofes seja estendido às vítimas dos incêndios.
"Em termos da nossa região e do país, por vezes, temos espaços significativos de área ardida e reduzida a cinzas onde é necessária uma ajuda para as pessoas que lá tenham os seus bens", explicou Horário Carvalho, chefe do gabinete do governador civil de Faro, à margem de uma visita ao Parlamento Europeu.
O grupo de 35 bombeiros algarvios deslocou-se a Bruxelas a convite da deputada socialista do Parlamento Europeu, Jamila Madeira, que quis deste modo "agraciar" o trabalho feito na luta contra os incêndios que assolaram o Algarve em 2003.
A eurodeputada quis também ouvir a opinião dos bombeiros sobre as necessidades que sentem no combate aos fogos e que gostariam ver contempladas no Fundo de Solidariedade da União Europeia, cuja alteração está a ser discutida na Assembleia de Estrasburgo.
Jamila Madeira concorda que o Fundo de Solidariedade deve também contemplar o apoio às vítimas após os incêndios, como ajuda psicológica, e ainda apoio s financeiros para enfrentar as secas.
A visita à Bélgica ocorre duas semanas após uma delegação de eurodeputados se ter deslocado às zonas mais afectadas pela seca e incêndios no Verão passado em Portugal, com vista à elaboração de relatórios sobre catástrofes naturais .
O Fundo de Solidariedade europeu foi criado em Novembro de 2002 na sequência das cheias verificadas em França, Alemanha, Áustria e República Checa.
Os fogos florestais em Portugal provocaram prejuízos de 1,2 mil milhões de euros em 2003 tendo o país recebido uma ajuda de 48,5 milhões de euros do Fundo de Solidariedade.