A primeira noite do NOS Primavera Sound encerrou com a jarda eletrónica dos Justice. A dupla francesa, que curiosamente confessou, em entrevista ao JN, ouvir pouca música sintética, percorreu temas do primeiro álbum, "Cross", feito de matéria mais cortante e insidiosa, e também algumas faixas do recente "Woman", que se apresenta como um disco mais melódico.
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A sua proposta trilha caminhos do electro-house, dance-punk e synthpop, designações que dirão pouco a Gaspard Augé e Xavier de Rosnay, que se preocupam apenas em criar música "larger than life", como revelaram em conversa com o nosso jornal. Sobre a relação que a música poderá ter com o terrorismo, por exemplo, disseram que ela deverá afirmar a "beleza e as vibrações de harmonia entre as pessoas". E harmonia não faltou diante do palco principal do Primavera, com o público a acompanhar o espetáculo em movimento contínuo.
Cigarros e baladas ao fim da tarde
O pouco entusiasmo transmitido pelos Cigarettes After Sex, que pareceram apenas apostados em debitar os temas do seu álbum de estreia, cujo lançamento mundial está a ser feito no Primavera, foi compensado pela entrega de Samuel Úria, que inaugurou o Palco Super Bock com as suas baladas, e pelo belíssimo concerto oferecido por Rodrigo Leão e Scott Matthew, que trouxeram a elegância do álbum "Life is long" ao primeiro dia do festival.