A presidente do Brasil lançou esta quarta-feira, em Brasília, um plano estratégico de defesa das fronteiras do país, com a intenção de reforçar o controlo nestas regiões, historicamente castigadas pelo tráfico de drogas e crimes ambientais.
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Dilma Rousseff juntou, no evento, os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e Justiça, José Eduardo Cardozo, cujos ministérios trabalharam de forma articulada para garantir o controlo de toda a vasta fronteira do território brasileiro, que confina com praticamente todos os outros países sul-americanos, com excepção do Chile e Equador.
As principais acções previstas estão divididas em duas fases uma com medidas preventivas e repressivas em áreas predeterminadas e outra com negociação de acordos com os países fronteiriços para o controlo conjunto dos espaços envolvidos.
Dilma destacou durante a apresentação do Plano Estratégico de Fronteiras a importância de se trabalhar com equipamentos de alta tecnologia, por possibilitarem um controlo mais efectivo e inteligente.
A ideia é evitar um desperdício de efectivos estacionados ao longo dos mais de 16 mil quilómetros de fronteira e manter a maior parte dos agentes em serviços de informação e controlo.
De acordo com o ministro Jobim, o plano ampliará a Operação Sentinela, que já existe, e criará uma nova operação denominada Ágata, na qual a polícia federal actuará em parceria com a polícia rodoviária em situações pontuais e com duração determinada.
Será criado ainda um Centro de Operações Conjuntas (COC) no qual os comandantes das forças que actuam nas operações Ágata e Sentinela poderão acompanhar em conjunto as operações desenvolvidas.
O plano de melhoria no controlo das fronteiras fez parte da campanha de Dilma, que demonstrou o seu compromisso político ao nomear o próprio vice-presidente, Michel Temmer, para coordenar o projecto.
Tanto na região Norte -- onde a fronteira é de difícil controle por ser quase toda em plena floresta amazónica -- quanto na região sul, conhecida como "tríplice fronteira"- é elevado o número de ocorrências ligadas ao tráfico de drogas e armas, de onde a importância dada a esta política fronteiriça.