Um dia após ter sido escolhido para assumir o cargo de ministro do Desporto do Brasil, Aldo Rebelo já enfrenta denúncias nos jornais brasileiros.
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O jornal "Folha de São Paulo" publica esta sexta-feira que o irmão de Aldo Rebelo foi citado nas acusações de corrupção que provocaram a queda do anterior ministro do Desporto, Orlando Silva.
Orlando Silva, deixou o cargo na terça-feira, após mais de dez dias de crise política provocada pelas acusações de que liderava um esquema de desvio de recursos através de programas do ministério do Desporto.
As acusações foram feitas pelo polícia militar João Dias Ferreira, que em 2010 chegou a ser preso por desviar dinheiro de um acordo assinado com o ministério através de uma organização não governamental (ONG).
Segundo o jornal, num depoimento que concedeu à Polícia Federal do Brasil, na semana passada, Dias Ferreira citou o nome de Apolinário Rebelo, irmão de Aldo Rebelo e vice-presidente do Partido Comunista do Brasil no Distrito Federal (PC do B-DF).
O polícia disse que Apolinário Rebelo indicou uma pessoa que actuava como "responsável pela arrecadação" do dinheiro desviado, que segundo ele se destinava a reforçar o caixa do PC do B.
Segundo Dias Ferreira, essa pessoa era Fredo Ebling, que foi chefe de gabinete de Aldo Rebelo na presidência da Câmara dos Deputados e actualmente trabalha na liderança do PC do B.
Fredo Ebling não comentou as acusações. Já Apolinário Rebelo negou tudo e disse que processará Dias Ferreira.
O jornal O Estado de São Paulo destaca hoje que o novo ministro do Desporto recebeu doações para suas campanhas eleitorais em 2006 e 2010 de empresas empreiteiras envolvidas na construção de estádios para o Mundial2014 de futebol.
Segundo a publicação, Aldo Rebelo - que tomará posse na segunda-feira - também recebeu recursos de empresas patrocinadoras da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Na quarta-feira, logo após ter sido convidado para o cargo de ministro, o político do PC do B, Aldo Rebelo afirmou que faria mudanças no Ministério do Desporto e que pretendia acabar com os acordos do ministério com ONGs.