A rede McDonald's foi acusada por um sindicato brasileiro de colocar funcionários em salas de espera nos momentos de menor movimento para não lhes pagar essas horas de trabalho
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A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores no Comércio e Serviços em Geral de Hospedagem, Gastronomia, Alimentação Preparada e Bebida a Varejo [Retalho] de São Paulo e Região (Sinthoresp), durante uma audiência pública realizada na segunda-feira no Senado brasileiro.
De acordo com o sindicato, a McDonald's justificou a situação com o argumento de utilizar uma jornada de trabalho "móvel e variável".
Ainda segundo a denúncia, em alguns meses, funcionários da rede chegaram a receber menos de 230 reais (95 euros). O salário mínimo no Brasil é de 545 reais (228 euros).
Durante a audiência, o director de relações governamentais do McDonald's, Pedro Parizi, disse que a rede tem cerca de 40 mil funcionários no Brasil e que talvez tenha cometido "um ou outro" deslize.
"As exceções não se podem tornar marcas de uma empresa. Se isso aconteceu, estamos aqui para dialogar", afirmou Parizi, que realçou que a multinacional está a adotar medidas para evitar a repetição da situação.