O Ministério Público Federal do Brasil poderá abrir um novo inquérito para investigar as denúncias de enriquecimento ilícito do ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, afastado do Governo em Junho deste ano.
Corpo do artigo
Em Maio, uma notícia do jornal Folha de São Paulo revelou um aumento expressivo no facturamento da empresa de consultoria comandada pelo então principal ministro da Presidente Dilma Rousseff.
Segundo a reportagem, a empresa, que recebera 160 mil reais (cerca de 65 mil euros) em 2006, facturou 20 milhões de reais (8 milhões de euros) em 2010, quando Palocci, além de deputado federal, foi o responsável por comandar a campanha eleitoral que levou Dilma Rousseff à Presidência.
As primeiras investigações, realizadas no âmbito da Procuradoria-Geral da República, foram arquivadas uma vez que o político tinha imunidade.
Segundo informações da edição de hoje da Folha de São Paulo, no entanto, procuradores que avaliam o caso afirmaram ter encontrado "novos indícios" contra o político.
A empresa de Palocci já é alvo de uma investigação civil, que pretende comprovar se o enriquecimento do ex-ministro - que multiplicou o seu património 20 vezes em quatro anos - é compatível com os ganhos registados pela sua consultoria.
Os novos indícios encontrados terão surgido a partir desta investigação. Os procuradores ouvidos pelo diário local dizem que os novos factos justificam a abertura de um inquérito criminal. Neste caso, Palocci deverá responder por tráfico de influência.
Palocci foi o primeiro, dos cinco ministros de Dilma Rousseff, a cair até agora. Além dele, outros três foram afastados envolvidos em escândalos de denúncias de corrupção.