O inquérito da morte da juíza brasileira Patrícia Acioli foi concluído, depois de 50 dias de investigações, e o delegado responsável pelo caso indiciou 11 polícias militares pelo crime.
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O assassínio da juíza Patrícia Acioli ocorreu na noite de 11 de Agosto. A juíza foi executada a tiro em frente ao condomínio onde morava, em Niterói, uma cidade vizinha ao Rio de Janeiro.
Entre os indiciados, está o tenente-coronel Cláudio Oliveira, que na altura do crime comandava o Batalhão da Polícia Militar do município de São Gonçalo, no qual trabalhavam todos os polícias militares indiciados.
No inquérito, o delegado titular da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore, indiciou o tenente-coronel como o mentor da morte da magistrada.
Dos 11 detidos, dois cabos que participaram do crime decidiram confessar como foi planeado o assassínio da juíza, beneficiando do instrumento da delação premiada (o acusado recebe benefícios por colaborar com a Justiça).
Um dos polícias, o cabo Sérgio Costa Júnior, disse que participou directamente na morte da juíza e que atirou com duas pistolas sobre o carro da vítima.
Costa Júnior também relatou que os tiros de revólver calibre 38 foram feitos pelo tenente Daniel Benitez.
Patrícia Acioli julgava com frequência processos cujos arguidos eram polícias acusados de corrupção, homicídios e formação de quadrilhas e era conhecida pelo rigor na investigação e na punição exemplar neste tipo de casos.
Segundo a investigação, o motivo do assassínio de Patrícia Acioli está relacionado com a morte do jovem Diego Belini durante uma operação policial.
Os alegados envolvidos no assassínio da juíza já estavam a ser investigados por suspeitas de terem forjado a morte de Belini.