Os operários que trabalham na reconstrução do estádio Mineirão, em Belo Horizonte, que será utilizado no Mundial de 2014 de futebol, paralisaram, esta quinta-feira, e ameaçam entrar novamente em greve.
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O protesto ocorre três meses após a primeira paralisação e um dia antes da visita da presidente brasileira, Dilma Rousseff, às obras do local - consideradas as mais adiantadas dentro do cronograma do Mundial de 2014.
Na sexta-feira, o estádio será palco de uma cerimónia da FIFA, que marca a contagem dos mil dias para a abertura do evento desportivo. Será inaugurado em Belo Horizonte um relógio com a contagem regressiva do prazo.
Os cerca de 1300 trabalhadores que cruzaram os braços pedem novo reajuste salarial, melhoria na alimentação e plano de saúde que atenda as suas famílias.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de BH e Região, Osmir Venuto, afirmou que a paralisação não tem relação com a visita da presidente Dilma Rousseff, mas sim "com o momento, a oportunidade para esses trabalhadores receberem melhor".
Em Junho, após audiência na Justiça do Trabalho, os operários receberam quatro por cento de reajuste, além de outros benefícios.