A polícia do Rio de Janeiro ocupou, este domingo, os principais pontos do Morro da Mangueira, na Zona Norte da cidade. Por volta das 11.00 horas locais (15.00 horas de Portugal Continental), os agentes hastearam a bandeira do Brasil e a do Estado do Rio de Janeiro no alto da favela como símbolo do fim da operação e da pacificação da comunidade. Não houve confronto com traficantes.
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Cerca de 800 agentes do BOPE e do Batalhão de Choque, além de unidades da Marinha e do Exército, participaram da operação para a instalação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da cidade, no Morro da Mangueira. Não houve confronto entre polícias e traficantes
O Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e a chefe da Polícia Civil, delegada Marta Rocha, acompanharam a operação, que teve o auxílio de 14 veículos blindados da Marinha e quatro helicópteros. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança, a instalação da nova "UPP" na comunidade vai beneficiar cerca de 300 mil pessoas.
"Devolvemos o território aos moradores sem nenhum tiro, o que para nós é importante. A polícia chega para ficar, abrindo uma janela de oportunidades. A polícia não sairá desse local", disse o Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, em conferência de Imprensa.
Segundo o portal "globo.com", os agentes apreenderam 32 veículos, 300 "trouxinhas" de marijuana e três pessoas foram detidas durante a mega-operação.
A nova UPP fechará o chamado "cinturão" do Maciço da Tijuca, que compreende outras sete comunidades, todas próximas do Maracanã, principal estádio do Mundial e dos Jogos Olímpicos.
Com a ocupação da Mangueira, o governo garante a segurança do trajecto entre a zona sul, onde estão localizados os principais hotéis da cidade, até o estádio, a passar pelo centro da cidade.