O festival Rock in Rio terminou já na madrugada desta segunda-feira no Rio de Janeiro, Brasil, com o concerto dos Guns N'Roses, de Axl Rose, que foi adiado em mais de três horas devido a mudanças na programação.
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Mesmo debaixo de chuva, o músico norte-americano animou o público brasileiro que o aguardava desde o início da tarde (hora local), quando a maioria chegou para tentar encontrar um bom lugar à frente do palco.
O domingo foi marcado por uma onda de camisetas pretas, bem ao estilo rock n'roll mais pesado da banda de metal System of a Down - a penúltima a apresentar-se no dia - e após alguns dias de apresentações com artistas mais ligados ao mundo pop.
Nesta edição do Rock in Rio, que regressou ao Rio de Janeiro ao fim de dez anos de ausência, passaram pelo palco principal artistas que nada têm de roqueiras como as brasileiras Ivete Sangalo e Cláudia Leite e a colombiana Shakira.
Destacam-se ainda as actuações de nomes como Coldplay, Red Hot Chili Peppers e Stevie Wonder, o músico norte-americano que pôs 100 mil pessoas a cantar o "hino" "Garota de Ipanema".
Pelo festival passaram ainda vários artistas portugueses, como Rui Veloso, Buraka Som Sistema e Xutos & Pontapés, que tocaram no domingo ao lado dos Titãs.
Após um primeiro final de semana marcado por alguns tumultos, como o excesso de lixo e cerca de 400 furtos, inclusive dentro da sala de imprensa, a segunda parte do festival foi mais tranquila, com a educação do público - 100 mil pessoas por dia - a despertar positivamente a atenção.
Entre as atracções extras, o slide, montado em frente ao palco principal, foi de longe o mais concorrido, a gerar filas de até seis horas.
Outro ponto alto foi a escolha do piso coberto por relva sintética. Diversos colunistas da imprensa brasileira contaram suas experiências no primeiro Rock in Rio, em 1985, a lembrar do festival de lama que enfrentavam nos dias de chuva. Com o relvado artificial, os jovens dos anos 2010 não tiveram este problema.
Pouco antes do encerramento, os organizadores do evento confirmaram uma próxima edição no Rio de Janeiro para 2013. A edição deverá funcionar como um "esquenta" para a chegada dos Mundial de 2014, que será sediado pelo Brasil.
Em conferência de imprensa, o fundador do festival, Roberto Medina, adiantou que limitará a próxima edição do certame a uma lotação de 85 mil pessoas, o que representará uma redução do público em 15 mil pessoas, em comparação com a lotação máxima permitida este ano.
Até lá, o espaço será utilizado como lazer para os cariocas, segundo adiantou o prefeito da cidade, Eduardo Paes.
A área montada para ser a Cidade do Rock durante os sete dias de festival também faz parte do projecto Olímpico de 2016. Na época dos jogos a região será utilizada como espaço de convívio para os atletas.
Em 2012, o Rock in Rio voltará a Lisboa, ao Parque da Bela Vista.