Artistas portugueses andam lá fora, sobretudo no inverno, para compor a agenda. É um negócio, sim. E mais do que isso. O carinho não tem preço.
Corpo do artigo
Beatriz Felício leva consigo o fado e os portugueses sentem-se em casa. Paula e Rita, as Bombocas, foram madrinhas de marchas populares no Luxemburgo e andam pelas Caraíbas com emigrantes que moram em Toronto. Zé Amaro já esteve em todo o lado e fala de abraços que cheiram a Portugal. Rebeca é recebida com flores e peluches em concertos e aeroportos.
Há pouco mais de duas semanas, Rebeca (nome artístico de Cláudia Sofia) estava a cantar nos arredores de Nova Iorque. “Foi fantástico”, garante. Fez três concertos, num deles, uma senhora portuguesa não arredou pé e, no fim, pediu-lhe para autografar uma cassete antiga. Foi um momento bonito. Quando vai lá fora, acontece ter portugueses à espera no aeroporto com flores e peluches. Por vezes, há lágrimas na despedida. São plateias especiais repletas de portugueses. “Dão-nos tudo o que podem e não podem, com uma saudade imensa do nosso país, e uma vontade de conseguirem tudo o que é português”, conta.