O italiano Alessandro Comodin e a basca Maria Elorza são os cineastas em foco na edição deste ano do Porto/Post/Doc: Film & Media Festival, que se realiza de 17 a 25 de novembro.
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Dois filmes do realizador Alessandro Comodin, nascido em 1982 na cidade italiana de Frioul, junto à fronteira com a Eslovénia, vão ser exibidos no festival portuense. São eles: "Gigi la Legge", de 1999, e "L'estate di Giacomo", de 2011. O foco inclui uma Carta Branca, ou seja, dois filmes marcantes à escolha do cineasta - "O monstro", filme de 1994 realizado por Roberto Benigni, e "Les Naufragés de l'île de la Tortue", de Jacques Rozier.
As ligações de Alessandro Comodin ao cinema português são várias, a começar pela proximidade com João Nicolau, responsável pela montagem dos seus filmes.
Segundo a organização, "este vínculo de Comodin ao cinema português – e o seu conhecimento da língua – torna-no numa espécie de 'primo afastado' da cinematografia nacional, sendo possível encontrar ecos do seu cinema no de alguns realizadores portugueses, em particular Nicolau e Miguel Gomes".
Já da realizadora Maria Elorza (Vitoria-Gasteiz, 1988). Maria Elorza vão ser mostrados os filmes "A los libros y a las mujeres canto" e "Al Borde del Agua". Em parceria com Maider Fernandez Iriarte, no coletivo Las Chicas de Pasalik, vão ser exibidos, entre outros "Agosto sin ti", "Ancora Lucciole" e "Gure Hormek".
Mestre em Criação em Arte na Universidade do País Basco desde 2011, Elorza tem vindo a combinar o seu trabalho como realizadora com a participação em diferentes projectos relacionados com o mundo do documentário. "A sua obra olha para o quotidiano, tacteando a sua vida, a sua família, os seus amigos, colecionando fragmentos de ‘pequenos nadas’, que rapidamente se tornam enormes reflexões sobre a vida", explica a organização, que informa ainda que a autora co-realizou, entre outros, o "dicionário audiovisual" Irudi mintzatuen hiztegi poetikoa (2013, Prémio de Melhor Argumento Basco no Zinebi) e o compêndio de vídeo-cartazes Agosto sin ti (2014, selecionado para festivais como Alcances e Filmadrid). Ainda em 2014, participou no programa Zinergentziak do Festival Zinebi, no âmbito do qual realizou o documentário coletivo Errautsak.