Sete anos após o encerramento, o Ateliê de António Carneiro (1872-1930), no Porto, volta a estar disponível para visitas. A reabertura acontece já esta quinta-feira, às 18 horas, com uma exposição comissariada por Bernardo Pinto de Almeida.
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Há um século, António Carneiro fez deste luminoso e alvo edifício a sua autêntica casa-oficina, um espaço de criação que não excluía uma zona destinada à exposição de obras. A morte do patriarca, em 1930, não ditou o abandono das artes no quotidiano da casa, que continuaram a estar representadas pelo trabalho dos seus filhos: Carlos Carneiro (1900-1971), também ele um nome proeminente das artes portuguesas, e o compositor Cláudio Carneyro (1895-1963).
Foi após a morte de ambos os artistas e as sucessivas alterações ao projeto original feitas pelos descendentes que a casa se distanciou aos poucos da sua matriz. Encerrado desde 1917, o Ateliê foi alvo, nos últimos quatro anos, de obras de requalificação levadas a cabo pelo arquiteto Camilo Rebelo e pela sua equipa.