O poeta João Luís Barreto Guimarães sagrou-se, esta sexta-feira, vencedor da primeira edição do Prémio Literário Armando da Silva Carvalho, instituído pelo município de Óbidos para premiar a poesia dos países lusófonos.
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O autor de "Nómada", João Luís Barreto Guimarães, é o vencedor da primeira edição, anunciou a Câmara de Óbidos, no distrito de Leiria, simbolicamente no dia em que a vila comemora cinco anos sobre a sua inscrição na rede de cidades criativas da literatura da Organização das Nações Unidas para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, na sigla em inglês).
Poeta, tradutor e médico, Barreto Guimarães, que já este ano lançou o aclamado "Movimento", foi escolhido entre um total de 50 obras poéticas que estiveram a concurso, "provenientes de vários países de língua portuguesa".
A divulgação do vencedor deveria ser feita durante a edição 2020 do FOLIO - Festival Literário Internacional de Óbidos, que anualmente se realiza em Óbidos, mas que, este ano, devido à covid-19, foi cancelada.
O vencedor irá receber uma viagem a uma Cidade Criativa da Literatura da UNESCO.
Maratona de prémios e traduções
João Luís Barreto Guimarães nasceu no Porto, a 3 de junho de 1967. Escreveu 11 livros de poesia, os primeiros sete reunidos em Poesia Reunida (Quetzal, 2011), à qual se seguiram "Você está Aqui" (Quetzal, 2013), traduzido em Itália; "Mediterrâneo" (Quetzal, 2016), que recebeu o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa e foi editado em Espanha, Itália, França e Polónia; e "Nómada" (Quetzal, 2018), ao qual foi atribuído o Prémio Livro de Poesia do Ano Bertrand, também editado em Itália.
Em 2019 publicou na Quetzal a antologia "O Tempo Avança por Sílabas", obra igualmente publicada na Croácia, à qual se seguiu Movimento (Quetzal, 2020).
As edições italianas de "Mediterrâneo" e "Nómada" foram finalistas do Premio Internazionale Camaiore em 2019 e 2020, respetivamente.
O Prémio Literário Armando da Silva Carvalho, instituído pela Câmara de Óbidos, "destina-se a premiar, com periodicidade anual, uma obra de poesia, escrita em língua Portuguesa, cuja primeira edição tenha sido publicada em qualquer país da lusofonia", estipula o regulamento.
O prémio "pretende promover a divulgação da cultura e do património literário da lusofonia e contribuir para a defesa e enriquecimento da língua portuguesa, bem como homenagear o autor natural deste concelho".
As obras concorrentes, obrigatoriamente escritas em língua portuguesa, devem ser enviadas até ao dia 31 de maio de cada ano, não sendo aceites "obras póstumas".
Em 2021, será lançada a segunda edição deste prémio.