Braga Lucky Star é um cineclube que exibe filmes todas as terças-feiras à noite numa biblioteca da cidade.
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As noites de terça-feira, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga, são religiosamente reservadas para a sétima arte. Há cerca de três anos é ali que está a casa do Lucky Star, um cineclube erguido em 2016 pela mão de José Oliveira e João Palhares, que assenta em três bases fundamentais: a paixão pelo cinema, o gosto por procurar filmes menos acessíveis ao público e a vontade de criar uma comunidade de cinéfilos interessados. Como o cartaz minimalista afixado à porta da biblioteca anuncia, desta vez há para ver a “A princesa errante”, um filme japonês de 1960, realizado por Kinuyo Tanaka - como, aliás, todas as outras películas exibidas em fevereiro, porque se trata de um ciclo dedicado à realizadora nipónica. “Não temos preconceitos, nem manias de ‘intelectualite’. Procuramos mostrar os filmes que são menos promovidos nos outros circuitos e que têm qualidade. Não é uma questão de snobismo”, assegura ao JN o atual presidente do Lucky Star, José Amaro, que entrou para o cineclube em 2020, quando Oliveira e Palhares se viram envolvidos noutros compromissos profissionais e “havia o risco de o projeto acabar”.
Todas as semanas, o que ali se vê são “filmes alternativos”, “das mais diversas geografias”, como o Japão ou a Índia, por exemplo, que “não são tão acessíveis” como outros. “Há também uma preocupação de mostrarmos a história do cinema, de darmos algum enquadramento”, assegura José Amaro.