Bullying, humilhação e golpes milionários: as acusações contra a viúva de Gal Costa
Wilma Petrillo, viúva da cantora brasileira Gal Costa, que morreu aos 77 anos em novembro passado, está agora a ser acusada de burla, assédio moral e de endividar a artista.
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Sete meses depois da morte da artista brasileira Gal Costa, a revista "Piauí" publicou uma investigação, em que são citados 13 entrevistados: seis ex-funcionários de Gal Costa, seis amigos da cantora e um membro da sua família.
Segundo o produtor Ricardo Frugoli, Wilma fez com que Gal perdesse vários espetáculos na América do Norte e na Europa, chegando mesmo a esconder convites.
As fontes ouvidas pela revista alegam ainda que Wilma tinha dívidas no estrangeiro, que incluíam, entre outros, restaurantes, mensalidades escolares do filho e pagamentos de funcionários. De acordo com a revista, Gal tinha conhecimento do comportamento da companheira e temia ser detida por causa dos seus alegados crimes, receio que a fez deixar de atuar nos EUA.
Wilma é acusada ainda de humilhação, bullying e assédio moral, bem como furto de pertences de funcionários.
Golpes milionários
Na mesma entrevista, um outro produtor, Rodrigo Bruggemann, contou que Wilma assinou um contrato de 700 mil reais (equivalente a cerca de 130,6 mil euros) que não chegou a cumprir, alegando que Gal tinha a "agenda apertada", e ficando com 560 mil reais (104,4 mil euros) dos rendimentos , deixando-lhe um prejuízo de mais de um milhão de reais (186,6 mil euros).
Por sua vez, o médico Bruno Prado revelou que Wilma terá pedido 15 mil reais (2799 euros) emprestados para fazer uma cirurgia, mas só os devolveu depois de ser ameaçada diversas vezes. Wilma também devolveu as ameaças com chantagem: alegou que iria revelar publicamente a orientação sexual do médico, que é homossexual, mas que ainda não o tinha revelado à família. Bruno Prado deixou também de ser convidado para os espetáculos de Gal e para os convívios na residência do casal.
Já o irmão de Gal, Guto Burgos, afirmou que Wilma vendeu espaços comerciais, uma quinta e todos os imóveis que a artista tinha em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Trancoso e Nova Iorque para pagar as suas dívidas.
Fãs pedem autópsia de Gal
Após a divulgação da reportagem, a jornalista Hildegard Angel iniciou um movimento na sua página do Instagram onde pede a autópsia do corpo de Gal Costa para verificar a causa da morte da artista. “Dadas as recentes revelações, os fãs de Gal Costa pedem ao Ministério Público uma autópsia já. O mal súbito da cantora não nos convence”, escreveu a jornalista.
A viúva também é acusada de ignorar os pedidos de Gal em relação ao seu local de enterro. A artista queria ser enterrada no Rio de Janeiro, ao lado da mãe, mas, a mando de Wilma, jaz hoje em São Paulo, no mausoléu da família da viúva.
Viviam juntas com o filho de Gal
Gal e Wilma conheceram-se nos anos 90 durante um voo para Nova Iorque. Tornaram-se amigas e passaram a viver juntas discretamente em 1998. O casal vivia no bairro de Bela Vista, em São Paulo, com Gabriel, que Gal adotou em 2007, quando o menino tinha dois anos.
Wilma tomou as rédeas da carreia de Gal, mantendo-se sempre nos bastidores.