Doença, lágrimas e uma "bebé" levada ao colo: o que a TV não mostrou na primeira semifinal
Festival da Canção: Iolanda, Rita Rocha, Perpétua, Nena, João Borsch e Noble são os primeiros artistas apurados. JN esteve nos bastidores e conta-lhe o que viu.
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São os primeiros seis apurados para a final do Festival da Canção, que a RTP1 emite a 9 de março: Rita Rocha, Nena, Perpétua, Iolanda, João Borsche e Noble (repescado pelo público) levaram a melhor sobre a concorrência e estão mais perto de representar Portugal na final da Eurovisão, que se realiza em Malmo, na Suécia, entre 7 e 11 de maio (final).
Para trás, numa escolha dividida entre os jurados e o público, ficaram Bispo, Left, Mila Dores e Mela.
Foi já madrugada fora que se descobriram alguns pormenores dos bastidores que não passaram no direto da RTP1: houve uma concorrente doente, outra que não resistiu às lágrimas antes da atuação e ainda a "bebé" do grupo que teve de ser amparada pelos outros participantes.
No primeiro caso, Beatriz Capote, que com "Xumiga", Diogo Rocha e Rúben Teixeira formam a banda que vem da Gafanha da Nazaré com a música "Bem longe daqui", esteve mesmo em risco de atuar.
"Tive uma crise na minha doença pulmonar. A RTP deu-me uma sala à parte para poder recuperar. Estou aqui por causa da banda. Foi o expoente máximo dos nervos", conta a vocalista dos Perpétua ao JN. O grupo ainda está a "digerir" a passagem à final e admite alguns "retoques na imagem" pop para o dia 9 de março.
"Chorei de manhã"
Já Iolanda, a principal favorita nas redes sociais e artista do Festival com maior número de "streams" no Spotify com "Grito", emocionou-se. "No início estava muito nervosa e confesso que chorei um bocadinho de manhã. Estava meio ansiosa e meio confiante".
À 1 da madrugada, a artista ansiava pela cama. "Agora só quero dormir, a cabeça não pára de pensar em ideias".
Rita Rocha, 17 anos, que cantou "Pontos finais", era a "bebé" do Festival. "Sou a mais nova do grupo e sinto-me uma bebé, tenho de provar o meu valor", disse entre risos. Admitindo "ansiedade", disse ter entrado com "zero expectativas".
Noble, que foi repescado pelo público, quer, na final, "dar continuidade a esta camaradagem de músicos". Apesar de cantar em inglês, diz que não é a língua, qualquer que seja, que o define. Por fim, o autor de "Memory" confessou: "O medo do palco foi avassalador" - e Noble até já receou "estar na profissão errada".
Nena, com "Teorias da conspiração", "não queria acreditar" no resultado obtido. "Já estava contente por participar. É uma grande alegria ter sido apurada, estou mesmo contente, mas muito cansada", disse.
Borsch é bom
Finalmente, João Borsch. "Passei e agora posso trabalhar mais tempo com a malta", congratulou-se o extravagante cantor de "Pelas costuras". "Vou rever a atuação e, na final, vai mais uma vez ser tudo pensado ao pormenor".
Na segunda semifinal do Festival da canção, a 2 de março, estarão em competição os seguintes artistas: Buba Espinho ("O farol"), Cristina Clara ("Primavera"), Filipa ("You can"t hide"), Huca ("Pede choro"), João Couto ("Quarto para um"), Leo Middea ("Doce mistério"), Maria João ("Dia"), No Maka (Emanuel Oliveira e Duarte Carvalho), com a participação de Ana Maria, "Aceitar", Rita Onofre ("Criatura") e Silk Nobre ("Change").