Os festivais de música de verão agendados até 30 de setembro não se vão realizar. O Governo definiu a data, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros.
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Há muito que reinava a indefinição quanto à realização dos principais festivais de verão. Esta quinta-feira, chegou a confirmação.
A decisão abrange eventos sonantes do calendário musical anual que ainda não tinham sido cancelados ou adiados, como o Sumol Summer Fest (3 de julho), VOA Heavy Rock (2 e 3 de julho), NOS Alive (8 a 12 de julho), Rolling Loud (8 a 10 de julho), Super Bock Super Rock (16 a 18 de julho), MEO Marés Vivas (que já tem nova data em 2021), MEO Sudoeste (4 a 8 de agosto), Neopop (12 a 15 de agosto), Vodafone Paredes de Coura (19 a 22 de agosto), EDP Vilar de Mouros (27 a 29 de agosto), NOS Primavera Sound (3 a 5 de setembro).
O Rock in Rio, o North Music Festival, o Boom Festival e o Festival do Crato já tinham anunciado o adiamento para 2021,.
"Impõe-se a proibição de realização de festivais e espetáculos de natureza análoga, até 30 de setembro de 2020, e a adoção de um regime de caráter excecional dirigido aos festivais e espetáculos de natureza análoga que não se possam realizar no lugar, dia ou hora agendados, em virtude da pandemia.", esclarece o governo.
Como o JN noticiou, será permitida a emissão de vouchers, de valor igual aos bilhetes comprados. "Para o caso de espetáculos cuja data de realização tenha lugar entre o período de 28 de fevereiro de 2020 e 30 de setembro de 2020, e que não sejam realizados por facto imputável ao surto da pandemia da doença COVID-19, prevê-se a emissão de um vale de igual valor ao preço do bilhete de ingresso pago, garantindo-se os direitos dos consumidores."
As regras para utilização destes vales não foram ainda definidas. A proposta da Associação de Promotores, Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE), feita ao Governo, é que o talão assegure a entrada na nova data do evento. Se não for utilizado, o valor do voucher pode ser levantado, mas só depois da nova data do festival.
Avante ainda não decidiu
Também agendada para setembro, a Festa do Avante ainda não é certa. Questionado pelo JN, o Partido Comunista Português diz que uma decisão será tomada depois de conhecer "a disposição legal que venha a ser adoptada".