LEME conta com artistas de 13 países que apresentam espetáculos entre quinta-feira e domingo.
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EGO, um dos vários espetáculos que integram a programação do festival de circo contemporâneo LEME, que arranca amanhã, quinta-feira, em Ílhavo, recorre ao corpo para explorar os limites. É uma “viagem no tempo ao que sentimos, ao que somos e como podemos conseguir equilíbrio no meio de tanta confusão no nosso cérebro”, trazendo ao de cima a problemática da saúde mental, revela o autor ao JN. E é a prova de como o circo contemporâneo permite trabalhar temas “de todos nós, de todos os dias”.
A performance, a segunda de uma trilogia de João Pataco, surgiu graças ao apoio do LEME, que lhe proporcionou uma bolsa, tempo de residência artística e acompanhamento na produção. Uma “oportunidade incrível”, num mundo onde ainda “falta espaço de criação” para o circo contemporâneo.
O festival, que decorre entre amanhã e domingo em edifícios culturais e espaços menos convencionais do município de Ílhavo (como museus, praças, mercado e terminal de descarga de pescado), conta com 19 espetáculos de companhias provenientes de 13 países, vários dos quais estreias nacionais.
Da programação deste ano, destaque para o espetáculo “Konstrukt”, da croata Dora Komenda, que chegou à final da plataforma Circusnext. Nota, ainda, para o espetáculo interativo “Damoclès”, da companhia francesa Cirque Inextremiste e para o baile em bicicleta de “La Bande à Tyrex”, do coletivo francês com o mesmo nome. “Glorious Bodies”, da companhia belga Cie. Circumstances, merece igualmente realce. Neste espetáculo, intérpretes entre os 55 e os 67 anos, que já foram artistas de circo tradicional, exploram os limites dos próprios corpos e do circo contemporâneo.
O LEME é uma organização do município de Ílhavo, através do projeto cultural 23 Milhas, em parceria com a organização de desenvolvimento de projetos artísticos Bússola. A programação na íntegra pode ser consultada em lemefestival.pt.