A espera não se faz mais longa. O Festival Internacional de Guitarras, em “pausa” desde 2018 para renovação, (re)arranca esta quarta-feira com a 26.ª edição.
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O novo formato demorou mais do que o esperado a acertar, mas, cinco anos depois, Santo Tirso recebe de volta o evento de impacte internacional e que pretende enaltecer (e dar a conhecer) a importância da guitarra e de outros instrumentos da sua família.
Mais diverso e convergente de várias linguagens, o “novo” Festival Internacional de Guitarra de Santo Tirso apresenta hoje, a abrir, pelas 17.30 horas, a estreia de uma obra dedicada à terra onde acontece, da autoria de Johannes Moller. Oscar Flecha, diretor artístico do evento, esclarece que este será o único artista “repetente”, “os restantes serão uma estreia no festival e em Santo Tirso, o que demonstra o compromisso em trazer uma visão nova”. Ainda na abertura, haverá espaço para o cinema dialogar com a música, com a estreia do documentário encomendado, “A Cidade da Guitarra”, de Joaquim Pavão.
O cinema é, aliás, um dos destaques do festival, com a associação ao Festival de Cinema Ma Beach, do Brasil, e a exibição de filmes “nos quais a guitarra é central ou até mesmo protagonista”, diz Oscar Flecha. “A sétima arte é por excelência uma convergência de várias artes e não poderíamos deixar de a incluir no novo formato".
Esta quarta-feira arranca o ciclo de cinco concertos “tradicionais”, com o espetáculo de Tom Ibarra Group, “o sangue mais novo que vai passar pelo programa e a partir do qual se espera uma interpretação diferenciada e moderna da guitarra”, afirma Flecha. Este primeiro estará integrado na área da jazz, passando pelo festival, nos dias seguintes, composições mais clássicas, como com os Dublin Guitar Quartet, de fusão com o folclore, com os La Chimera, ou de fusão entre artes. Nesta última proposta, destaque para os portugueses Indigo Quintet, que sobem ao palco juntamente com o ator galego Quico Cadaval “para apresentarem um espetáculo exclusivo” e que junta a música à “mestria na narração oral de histórias”. O último dia trará o Duo Arsis, um dueto de guitarras, e a artista têxtil Guida Fonseca, no qual se propõe a criação de uma peça ao som de inéditos.
Na programação há artes performativas, momentos de conto e formações. O festival decorre até dia 22 na Fábrica de Santo Thyrso. Os concertos têm o custo de dez euros cada.