O Folclore vai ganhar uma nova cara e mostrar que esta tradição é para todos, no próximo domingo, dia 8 de maio, no Hard Club, no Porto.
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Mudam-se os tempos, mantém-se as tradições, mas agora com um toque mais moderno. O Folclore está na moda e quer chegar a todos. Sem o traje que lhe é tão característico, sem o palco de atuação que é costume ver e com uma sonoridade contemporânea, o Folclore pretende ser apropriado por qualquer pessoa.
As novidades deste mundo repleto de tradição vão ser apresentadas pela Coreto - Associação para a Promoção de Artes e Culturas Tradicionais, no próximo domingo, dia 8 de maio, às 21 horas, no Hard Club, no Porto, sob a forma de um espetáculo participativo e de oficinas de dança e de música. A orientação e direção artística ficam a cargo da bailarina Diana Azevedo e do músico Denys Stetsenko. Cada bilhete tem o custo de 12 euros.
A associação Coreto, através do projeto Volta e Meia, elaborou um estudo e convidou um grupo de seis bailarinos e seis músicos para avaliar a capacidade da dança e da música tradicional portuguesa cativarem de novo a população. O trabalho, segundo Lígia Milheiro, diretora do projeto, é fundamental para "se entender e preservar as tradições" que contam a história de Portugal e "desmistificar o estereótipo do folclore enquanto cultura fora de moda".
A bailarina Diana Azevedo e o músico Denys Stetsenko têm a função de recriar e compor um reportório de músicas e danças tradicionais portuguesas, dotando-as de uma sonoridade contemporânea que convide à apropriação por todos. Estes novos repertórios vão ser integrados em oficinas de dança e de música, espetáculos, concertos e intervenção em espaço público.
Para além desta mostra pública, as propostas artísticas revelam-se através de registos audiovisuais que permitem a qualquer pessoa aprender a dançar, interpretar a melodia e conhecer os instrumentos que a interpretam. Fica também o mote para futuras criações e aplicações nos mais diversos contextos - cultural, educativo ou social.
A escolha do Hard Club não foi acidental. "Ficará claro que estas danças tradicionais podem ser tocadas e dançadas em qualquer espaço, a qualquer hora e, claro, estão e são da moda", afirma a diretora do projeto. Lígia Milheiro conclui que agora tem-se "a mesma cultura, tradições e os mesmos saberes adaptados aos tempos atuais e às necessidades dos futuros bailarinos".