Guimarães celebra, este domingo, o dia grande da cidade, denominado "Dia Um de Portugal". Neste ano, a data marca a inauguração da obra mais emblemática da Capital Europeia da Cultura, a Plataforma das Artes e Criatividade, numa cerimónia presidida por Cavaco Silva.
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O presidente da República vai receber a medalha de ouro da cidade, às 11 horas, naquele que promete ser um dos locais de maior afluência dos próximos anos na cidade "berço da nacionalidade".
Este título a que Guimarães é associada deve-se aos acontecimentos do 24 de junho de 1128, em que D. Afonso Henriques venceu a batalha de São Mamede contra a sua mãe, dando início a uma longa jornada de conquista de território aos mouros.
Para o presidente da Câmara António Magalhães, a Plataforma das Artes é a obra "especial" da Capital Europeia da Cultura. É um espaço virado "para o futuro", com traços contemporâneos, sem esquecer as raízes do passado.
O edifício custou 17 milhões e 600 mil euros e integra ateliês de apoio às indústrias criativas, auditórios e laboratórios, sendo que a coqueluche é o Centro Internacional de Artes José de Guimarães.
Este centro tem o nome de José Marques, vimaranense conhecido por "mestre" José de Guimarães, pseudónimo que adotou por amor à cidade que o viu nascer e a partir da qual viajou pelo mundo, adquirindo uma vasta coleção de obras agora oferecidas de forma simbólica à Plataforma das Artes.
O autor falou ao JN à chegada a Guimarães. Não dissocia o nome da exposição, denominada "Para além da História", da sua experiência de vida: "Há um paralelismo comigo, de facto".
"Para além da história" engloba três coleções de "peças genuínas das regiões e populações da Ásia, África e América Latina", explica. Estes foram os continentes por onde andou e levou o nome de Guimarães e Portugal.
A rota corresponde também ao périplo dos portugueses ao longo da História portuguesa que se iniciou há 884 anos atrás, e que hoje regressa ao local de partida.