Espetáculo chega no sábado no Altice Forum Braga, depois de uma passagem por Paris. Cuca Roseta sublinha a forte carga emotiva e sonha com digressão à escala mundial.
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Os poemas cantados e celebrizados por Amália Rodrigues continuam sem cair no esquecimento e são, agora, eternizados com as novas vozes do fado - e não só.
Depois de pisar solo internacional, numa passagem por Paris, em França, o projeto Amar Amália está de volta ao país e apresenta-se, amanhã à noite, no Altice Forum Braga, com Aurea, Cuca Roseta, Marco Rodrigues, Marisa Liz, Paulo de Carvalho e Sara Correia. Depois, segue para o casino do Estoril, a 25 deste mês, sem Aurea no cartaz.
Lançado em fevereiro de 2019, no Altice Arena, para lembrar os 20 anos da morte da artista, "Amar Amália" já passou, também, por palcos como o Coliseu do Porto, o Pavilhão Rosa Mota ou o Multiusos de Guimarães.
Para Cuca Roseta, que tem a fadista como referência - inclusive já lhe dedicou um disco - a experiência tem sido "espetacular". "É sempre muito nostálgico poder homenageá-la e cantar os seus temas lindíssimos, ainda mais com cantores com estilos completamente diferentes. Todos os espetáculos que fiz foram emocionantes", descreve a artista, relembrando o momento "especial" em que cantou o "La vie en rose" no Palais de Congrès de Paris, cidade que serviu de rampa de lançamento para a diva do fado.
Depois da capital francesa, Cuca Roseta admite "o sonho" de levar o projeto até ao Japão, onde Amália Rodrigues também fez digressões. "De certeza que a sala iria estar cheia. Eles adoram fado", enfatiza a cantora, convencida que o espetáculo tem força para continuar por longos anos. "Pode durar para sempre. Pelo facto de sermos muitos artistas, de estilos diferentes, é um espetáculo muito dinâmico e as pessoas gostam disso. São vozes maravilhosas e é lindo juntarmo-nos todos", regozija-se a cantora.
Sara Lima, da promotora Vibes&Beats, antevê que "Amar Amália" possa expandir-se para outras cidades portuguesas, mas também pelo Mundo, a avaliar pelas solicitações que vão chegando. "Temos tido muitos contactos de zonas por onde ainda não passámos. E já tivemos contactos de outros países. Estamos a avaliar", adianta, considerando que a presença em Paris pode ter sido o primeiro passo para a internacionalização do espetáculo.
sinfonia de vozes
Em Braga, além das habituais presenças do cartaz, como os fadistas Paulo de Carvalho, Marco Rodrigues, Sara Correia ou Cuca Roseta, a promotora destaca o regresso de Marisa Liz, agora em nome próprio.
A última participação tinha sido em 2019, com a banda Amor Electro. "Tanto a Aurea como a Marisa têm um instrumento vocal fantástico e, por isso, é bonito vê-las cantar um estilo diferente", atesta Cuca Roseta.
Sara Lima corrobora as palavras da fadista: "As pessoas acham extraordinário, porque, por exemplo, a Aurea não é uma cantora de fado, mas interpreta os temas quase como se fosse. Isso torna o projeto diferente de outros espetáculos de fado".
Com a imagem de Amália Rodrigues como pano de fundo, cada um dos seis artistas convidados vai subir, à vez, ao palco da grande nave do Altice Forum Braga, amanhã, a partir das 21.30 horas. Reúnem-se, depois, no final das atuações para interpretar um tema em conjunto.
O foco do espetáculo são os temas celebrizados por Amália, mas há espaço para os artistas introduzirem um ou outro tema próprio. Cuca Roseta, madrinha do projeto, promete subir ao palco com "Foi Deus", "A Rua do Capelão" - a primeira música de Amália que interpretou - e "Tiro liro liro", com um toque de folclore.
Ainda há bilhetes disponíveis, que custam entre os 30 euros (plateia B, sem lugares marcados) e os 50 euros (plateia VIP). Para a bancada, a entrada é de 35 euros.